O crítico social americano Christopher Lasch deixou um recado, utilizado em Olavo de Carvalho: “Há uma nova elite dominante no mundo, distinta da burguesia; ela não governa pela posse dos meios de produção, mas pelo domínio da informação[…]não se contenta em ter poder sobre a riqueza material e a força de trabalho das pessoas, mas quer moldar sua mente, seus valores, sua vida e o sentido de sua vida[…]”.
Desde que a assessora foi anunciada ministra, uma série de ataques, orquestrados pelas forças que insistem em manter o país amarrado às entranhas da velha politicalha, tomou conta da chamada grande mídia, que, numa inversão de valores, passou a ser mendicante caudatária das onipresentes e impiedosas mídias sociais.
Esta semana, de uma palestra que deve ter durado, pelo menos, uma hora, pinçaram um trecho truncado de 38 segundos para atirar a ministra contra holandeses tão imbecilizados como a massa brasileira. Muita gente “esclarecida” já a acusam até de pedofilia, numa completa e perversa inversão do teor da fala, que ocorreu há 6 anos, em 2013.
Damares Alves é uma mulher que não goza de glamour fack e não frequenta as páginas da hy society; jamais privou de relações perigosas com os consagrados nomes da cúpula da República e que, pelo contrário, leva uma vida consagrada à sua atividade confessional, à labuta no serviço público, aos trabalhos sociais e ao seu lar.
Resumindo, Damares não ostenta o perfil esperado pelo circo midiático que assola o país e não chegou ao ministério para exposição gratuita de caras e bocas. Chegou para implantar políticas públicas de onde se espera seriedade, embalada que seja pelos acordes de sua fé e movida pela convicção de que deve deixar um legado de respeito e de avanços nas áreas a que, desde muitos anos, tem dedicado a vida.
Descolada do viés ideológico tão caro aos intelectuais eggheads, Damares sofreu ataques de todos os lados, resistindo a tudo com a serenidade esperada de uma ministra de estado, estando, particularmente, comprometida com uma gestão de excelência, porque o patrulhamento não a deixará em paz caso cometa qualquer equívoco administrativo, por mais simples e compreensível que seja.
Atacam a ministra porque a imaginam frágil, pensando, com isso, em atingir também o Presidente Bolsonaro, que cometeu o crime de indicar uma mulher simples para ocupar um cargo, historicamente destinado à cúpula da modorrenta e corrupta elite política, ou, alternativamente, a algum pau-mandado desonesto, indicado por partidos que se notabilizaram pela lida criminosa.
Talvez a nova ministra não se deixe dominar por essa nova elite dominante de que fala Christopher Lasch nem lhe permita “moldar sua mente, seus valores, sua vida e o sentido de sua vida”.